Edmundo de Bettencourt


A Máquina Prisioneira

A máquina acabava o dia a mastigar e aos poucos os dentes lhe caíam perdendo-se na espuma do ar negro, ondulante, da fábrica. Um desejo insubmisso de cercar os átomos gigantes vinha encher um braço donde surgia um corpo lacerado sangrento! e donde surgia um braço cheio de sangue novo que libertava a máquina! A sorrir desdentada a máquina adormecia...


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