David Mestre
Que outro nome
						Que rio se pode
						abrir na língua acesa
						para o capim     crepitando
						baixo. Que palavra
						por ele nasce
						e corre corre a lua
						e outra lua sem que regresse
						ao corpo. Que outro nome
						te demos
						vestida     e no escuro desposada.
						Liberdade.
						Que tempo de 
						ocultar o nome sabíamos
						perder e nem
						de moscardo zumbias: Ngola
						nosso pouco maruvo eras
						no terreiro anunciada.
						Liberdade.
						Quem das copas pronuncia
						os teus lábios na terra? Nzambi
						neles tivesse
						mordiscado leve.
						Liberdade.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *