Corrêa de Araújo


Na arena

Sou cavalheiro e menestrel, chorosas, Notas desfiro no arrabil das dores; Brando a lança de lendas luminosas E a guitarra imortal dos trovadores. Buscando justas e buscando amores, Vêm-me em sonhos todas as formosas, Com uma harpa de pétalas de flores, Com uma espada de jasmins e rosas. Seguirei combatendo destemido, E quando um dia em chagas escarlates Entre agonias eu tombar vencido, Oh! bando loiro em sonhos absorto! Ponde este gládio tosco dos combates Na tumba azul do cavalheiro morto.

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