Clodoveu A. de Almeida


Vênus

Tu já enlouqueceste Santo Antão e Pasteur. Foi apenas com teu corpo de mulher. és o inferno e o céu também Num conjunto escultural. és a pureza, é o bem, junto ao vício universal! Tu tens harmonia e sonância e cadência tens tantas coleações de um piton oriental Que és o ponto nau da grande intercedência das estéticas leis diabólicas do mal! és o incógnito Avatar, a crispação da fera, a luz do rosicler. E gritam gênios ao pálido luar, mulher! mulher! mulher1 Um dia cairás sob o meu braço ileso qual Nero, eu tornarei o mundo inteiro aceso, com um lança-chamas abrasado, em riste, para mostrar ao universo em pêso, que a felicidade sôbre a terra existe! E na piramidal orgia desvairada bradará comigo o cosmos a "una voce" que tão somente a cinza universal do nada suporta ser a glória eterna desta posse!


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