Bráulio de Abreu



Volta da Pesca

A tarde vai morrendo mansa e boa... Tudo é recolhimento, nostalgia. Lá ma torre da Ajuda um sino soa, Enche o espaço de sons da Ave Maria. A sombra cai. Um Pássaro não voa. Vão-se os violáceos tons do fim do dia. Sobre, singrando o rio, uma canoa: Volta Manuel Monção da pescaria. Com seus oitenta esplêndidos janeiros, Frente à casa da rua dos coqueiros, Fundeia, apanha o cofo, o remo, a vela E à noite, após o cafezinho quente, Fuma e cochila, sossegadamente, Sentado no sofá, junto à janela.


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