Benedito C. G. Lima

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Desejos Finais

Não quero palavras que ecoem ocas, falsas; não quero luzes acesas, velas brilhando, apertos de mãos de peixe morto, mãos de ovo, mãos de bife, nem abraços de Tamanduá, nem beijos de Judas quando a minha alma se desmontar da carne e amanhecer já noutra vida. Morto, quero ficar em paz poemamente versejando e que o meu corpo se desfaça no espaço da estrofe e vire folhas, páginas para quem me quiser ler.


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