| 2. No jardim das Oliveiras. 3. Crianças. 4. Palavras tristes. 5. Meu pai. | 
| FEFA                                  
A D. Ignez Maria de Almeida
 Engraçada e pequenina
 No rosto, claro e risonho,
 Chamam-n’a Fefa. É tão bela
 O nome não lhe vai bem,
 Parece do Céu. É linda
 Às vezes, junta as mãozinhas
 Meu Deus! quanta luz se encerra
 A alma que tu lhe deste
 Serra da Raiz, - Fevereiro de 1898.
 | 
| NO JARDIM DAS OLIVEIRAS “Minh’alma é triste até à morte...” Doce,
 Depois, silencioso, ele afastou-se
 “Pai, tem piedade...” E sua vez plangente
 Pobre Jesus! Como n’um sonho via:
 Macaíba - 7 de Abril de 1898.
 | 
| CRIANÇAS               
A Antônia de Araújo, companheira amada dos 
 Moro na rua da Ventura. Perto,
 Sinto-me alegre. Vivo sem saudade,
 A’s duas horas ergo-me da banca
 Gosto de vê-las quando saem rindo
 Vem na frente a maior. Já quase moça,
 É séria e triste. Chama-se Laurita;
 Passa depois Sophia, uma criança
 E aquela doida que lá vai correndo
 Depois, Sarah e Rebecca... Borboletas
 Segue-as a linda e ingênua moreninha
 Hoje, está triste. Nem me deu bom dia!
 Desce em seguida a meiga Valentina,
 E a Inocência? Vem chorando tanto!
 Já sei: a mestra quis ralhar contigo,
 Ouço chamar pelo meu nome... É Santa,
 Puxando a trança de Lucília, passa
 Ei-la! É um anjo a divagar na terra,
 Como eu a amo e que tristeza infinda,
 E eu digo ao ver das criancinhas mansas
 O vosso olhar é como um livro aberto
 Em breve as férias chegarão, e eu triste
 E para não ficar tão só, tão louca,
 Pois já suspiro pela aurora mansa
 Anjos da terra, flores animadas,
 Ah, quem me dera os sonhos perfumados
 | 
| PALAVRAS TRISTES Ao Nenenzinho Quando eu deixar a terra, anjo inocente,
 És a estrela gentil das minhas noites,
 Quando eu deixar a terra, dá-me flores
 Flores e risos me tecendo o manto,
 Anjo moreno de alma cor de lírio,
 Quando eu deixar a terra, anjo inocente,
 Serra da Raiz - Fevereiro de 1898.
 | 
| MEU PAI                        
À minha tia Maria Concórdia de Souza
 Veste de luto a minha pobre lira
 Meu velho pai! Ligeiro como um’ave
 Então voltei-me para o grande espaço
 Ela beijou-me a fronte docemente
 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. Eu espero por ti há tantos anos.
 | 
Remetente: Walter Cid