António Emídio


Onírico em Verso

Olhos laser, os daquele cavalo alado Voava alto, entre nuvens e fugia Perdido entre vagas ou entre elas achado Fogoso nas asas, alado de tanta ousadia! Fugir em branco, sem ouvir ninguém, O alado ousava, sem luz nem dia, Corria desenfreado tudo o que sabia O leme era o sonho num vai e vem... A rota eram vozes do gritar de alguém Subir a voar, procurar sem ver, Ouvir sem querer, tantas vozes e ninguém! Até que numa vaga se perdeu, De tão alto que ficou, Quando o leme se partiu e ele logo acordou!


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