Maranhão Sobrinho


Satã

Nas margens de cristal do Danúbio do sonho, cromadas de rubis, de pérolas purpúreas, vê-se o imenso solar sonolento e medonho do dragão infernal das Princesas espúrias... Guarda o nobre portal de alabastro tristonho desse antigo solar, de malditas luxúrias, em que fulge o brasão heráldico do sonho não sei quantas legiões de duendes e fúrias! Sobre o mármore azul das colunas austeras, que, em noivados de luz, o luar engrinalda brilha o vivo cristal de alígeras quimeras... Velam desse dragão o oriental tesoiro, sobre um trono de rei, de maciça esmeralda, dois soberbos leões, de grandes patas de oiro...


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