Moranno Portela


Poethomem

É pouco o peito do homem para o poeta guardar: ele está como represa Quando vai arrebentar. É pouco o peito do homem para o rio que dentro dele quer, sôfrego, navegar. Mas o homem é necessário, dele o poeta precisa: um é uno — o outro vário, um voa — o outro pisa.


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