Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!
.
Itabajara Catta Preta
SQS  102,  bl.  K,  apart.  602
70330-110 -  Brasilia  (DF)
Telefone:  -  (061)  223.7121
icattapreta@uol.com.br


Bio-bibliografia
 

Poesia

  1. À  PROCURA  DE  DEUS
  2. RETRATO  NO  FUNDO  DO  ESPELHO
  3. MEU JAZIGO
  4. MÃE  DO  CÉU  E  MÃE  DA  TERRA
  5. POR  UMA  INFANTA  DEFUNTA
  6. NOSSA  SENHORA  DA  PRIMAVERA
  7. UM  POEMA
  8. AS  TUAS  MÃOS
  9. LIÇÕES  DE  AMOR
  10. ALCOVA
  11. RETRATO
  12. SAUDADE
  13. TROVAS  DE  ELINA
  14. NATAL
 
 Mais poemas de Itabajara]  [Página inicial do JP

 
 
 
 
 
 
 

Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!

.
Itabajara Catta Preta
Filho  de  Itagiba  Catta  Preta  e  Horacina  Catta  Preta. Nasceu no Divino  (MG),  aos  16 de julho de 1923. Bancário,  trabalhou   no  Banco   de  Crédito  Real  de  Minas Gerais,  Banco  do  Brasil  e  Banco Central;  nos  Estados  de  Minas Gerais (Muriaé, Juiz  de  Fora  e  Uberaba),  Paraná   (Londrina);  São  Paulo  (Ituverava);  Rio  de  Janeiro   (Três  Rios  e   Rio de Janeiro) e em  Brasília (DF), onde se aposentou  aos 2  de  abril  de  1978.

Casado  com  Elsina  Del-Penho  Catta  Preta  (ELINA).  O casal  tem 6  filhos, 19  netos  e  5  bisnetos. 

Nota do JP:
O autor mantém um periódico de poesia, "Alô", com o mesmo endereço de sua residência. [Notícia de novembro de 1998]
 

Publicou  os  seguintes  livros  de  poesia:

      • Flor  da  Idade,  1941
      • Luminárias,  1950
      • Livro  de  Elina,  1983
      • Rio  Muriaé  (coroa de sonetos),  1986
      • Os  Mistérios  do  Lago,  1988
      • Vai  da  Vida  (II  Volume),  1998
 Mais poemas de Itabajara
Voltar para o início desta página

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 

Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!

.
Itabajara Catta Preta
À  PROCURA  DE  DEUS
 

Pa-ta-tá...  pa-ta-tá... pa-ta-tá...
Galopam  sonhos  impossíveis
nos  campos  descampados  do  nunca-mais-verei...
Sóis  gêmeos  nascem  nos  afrescos  coloridos
de  Portinaris  loucos,  primitivos,
prehistóricos,  de  AC;
de  muitos  séculos  AC...

Pa-ta-tá...  pa-ta-tá...  pa-ta-tá...
Um  dia  galoparei  na  lombada  dos  ventos
que  sopram  de parte  alguma  para nenhures,
através  de  estrelas
que  se  apagaram  há  milênios  de  Tempo,
na  distância de  muitos  milênios  de milênios-luz!...

Correndo  atrás  de liberdade,
atrás  de  ideal,
atrás  de  ti,
Ser
QUE  É.
 

    II
 

Horas  vazias,  dedilhando  cordas  mudas,
passo  a  não-ser,  vogando  em  brancas  nuvens...
Uma  dobra  do  espaço  me  envolve...

Bailam  sombras  sem  forma  no  infinito  sem  tempo.
escuras,  ondulantes,  hesitantes,
tantes,  antes...
Sombras  informes,  desconformes,  multiformes,
imponderáveis,  indecisas,  impenetráveis,  imprecisas...
Sombras!
Que  somos,  senão  sombras,
obscurecendo  o  sol,  adensando  trevas,
imponderáveis,  impenetráveis,  indecisas...
Sombras...
Sem  fim...
Sem
fiiiinnnnn..
 

III

Palavras  não  podem  exprimir  sentimentos...
que  a  idéia  transcende  de  todos  os  vocabulários
                       de  todas  as  línguas  humanas!...

Palavras...  Que  são  palavras?
O  amarelo  que  eu  vejo  será  o  amarelo  que  você  vê?
O  meu  Chopin  me  soará  como  te  sôa  o  teu  Chopin?

As  palavras  (se  tanto!)  exprimem  o  que  eu  penso,
mas  nunca  exprimem  o  que  eu  sinto.
Nunca!  Nunca  exprimem
- o que  eu  sinto!
Nunca!

Grito  ou  sussurro  acaba  logo  adiante,
onde  e  quando  o  ar  para  de  vibrar.
Não  chega  até  Lá!
Só  Ele  ouve,  porque  está  perto,
bem  perto,  junto,  dentro  de  mim!
Para ELE falo,
porque só ELE ouve o meu sentimento...
Só.

IV

Preciso de outrem que fale por mim,
usando palavras que não sôam;
expressando tudo o que sinta pela minha pessoa:
Amizade, carinho,amor, ternura...

O que fale será expressão minha:
Anseios, desejos, ideais, embora incompreendidos
mesmo por quem os transmita.
O que fale será projeçao de minha alma,
inspirado por minha lembrança,
pelo que lhe sugira minha saudade...

Falem a alguém,
a ninguém,
para quem...

Falem ao infinito,
para o infinito...
Falem
Por mim..
 

V

Lá longe, na minha terra,
Irmã Ambrosina reza por mim.
A ladainha que Irmã Ambrosina reza
não tem fim...
Não tem fim...  não tem fim...

Rogai por nós, Santa Marcelina,
                Rogai por nós!
Rogai por nós, Santa Josefina,
                Rogai por nós!
Rogai por nós, Santa Catarina,
                Rogai por nós!
Rogai por nós, Santa Carolina,
                Rogai por nós!
Rogai por nós, Santa Zeferina,
                Rogai por nós!
Rogai por nós, Santa Vitalina,
                Rogai por nós!
Rogai por nós, Santa Natalina,
                Rogai por nós!
Rogai por nós, Santa Felismina,
                Rogai por nós!...

A ladainha não acaba nunca...
                 A ladainha de Sóror Ambrosina,
 A ladainha que não tem fim...

 Rogai por nós, santa Irmã Ambrosina,
                 Rogai por nós!
 
 
 

 Mais poemas de Itabajara
Voltar para o início desta página

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!

.
Itabajara Catta Preta
RETRATO  NO  FUNDO  DO  ESPELHO
 
 

Esta  não  é  a  face  da  minha  juventude!
Não  creio  nestas  rugas  e  não  creio
nesta  feição  austera,  séria  e  rude;
e  esta  barba  grisalha  é  de  algum   rosto alheio.
Este  espelho  está  velho  e  já perdeu  a  virtude
da  boa  educação,  do  gentil  galanteio;
já  não  reflete  bem;  já  não  sabe  a  que  veio.
Este  semblante  triste  não  me  ilude.
Não  sou  eu,  não  sou  eu  este  ancião  tão  feio!
 

Sou, sim,  esse que vejo sobre a mesa posto,
lá no fundo do espelho, sobre a cantoneira.
Vou vestido a rigor  e  exibo  com bom gosto,
a princesa do amor, a meu braço, altaneira.
Cabeleira de poeta; o porte  bem composto;
e  esta  luz  em  meus  olhos é  que é  verdadeira.
Tenho,  assim,  a  cabeça  erguida,  e  na  viseira
o  anseio  do  ideal  que  ilumina  o  meu  rosto
e  mostra,  no  porvir,  a  glória  toda inteira!
 

Sou  aquele.  E  não  este.  É maldade e loucura
colocar  em  meu  rosto  ais  e nãos... e  a  mentira
de  contar  quarenta  anos  de lonjura
entre  o  retrato  e  o  espelho... Ao arpejo da lira,
foram  minutos  só,  de  sonho e de ventura!
Na  minha  mocidade, inda canta e suspira
o  ideal  a  ganhar,  a  iluminada mira
de  conquistar  do  amor a  feliz aventura...
— A  verdade  é  o  retrato. Este espelho é mentira!

 Mais poemas de Itabajara
Voltar para o início desta página

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 

Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!

.
Itabajara Catta Preta
MEU  JAZIGO
 

Quando  eu  morrer,  que  a  minha  campa  seja
      nua,  sem  lousa,
para  que  um  crente,  orando  nela,  veja
que  ali  repousa 
      um  simples.
 

Quero  mais: -  que  a  cruz  erguida
      à   cabeceira,
seja  de  troncos,  lisa,  não  polida,
      bruta  madeira.
 

Do  cemitério,  fique  sita  a  um  canto
      humilde  e  chão
—  que  não  chegue  até  mim  a  dor  e  o  pranto
      dorido  e  vão,
que  a  saudade  tortura  e  não  consola,  nem  esmaece —,
para  que  pense  quem  me  faça  a  esmola  da  santa  prece
      que  fui  um  santo... 
 

Que  me  plantem  sobre  ela  uma  roseira 
      de  trepadeira,
rodeada  de  modestas  açucenas,
para  que  diga  quem  me  vir  florindo:

      " - Foi  um  poeta,  apenas!"

 Mais poemas de Itabajara
Voltar para o início desta página

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 

Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!

.
Itabajara Catta Preta
MÃE  DO  CÉU  E  MÃE  DA  TERRA

Jesus, 
antes  de  morrer  na  cruz,
deu  aos  homens  uma  prova  mais  de  seu  amor:
      -  SUA  MÃE!

Sua  mãe,  para  ser  nossa  mãe!
      -  SUA  MÃE!

Sua  mãe,  para  ser  nossa  mãe!
E  passamos a  ter  a  glória
de  venerar  a  nossa Mãe  do  Céu,
imaginando  o  amor de  Jesus  por  ela
semelhante  ao  nosso  amor
pela  nossa  própria  mãe  da  terra!
 

Também,  ao  manifestarmos  o  carinho
que  sentimos  pela  nossa  mãe  terrena,
ousamos  (que  filho  não?)
compará-la  com  a  Mãezinha-do-Céu
-  relicário  de  todas  as  virtudes! -
 

Eu,  porém,
fiquei  sem  termo  de  comparação,
tanto  no  primeiro  como  no  segundo  caso:
Minha  mãezinha  morreu;
e  agora
só  tenho  duas  mães  celestes...
 

Tudo  o  que  peço
por  intermédio
de  minha  Mamãe-do-céu
recebo  em  dobro.

 Mais poemas de Itabajara
Voltar para o início desta página

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!

.
Itabajara Catta Preta
POR   UMA   INFANTA   DEFUNTA
 

O  sol  escondeu  a  face,
as nuvens  se  amontoaram
no  céu  escuro  e  chumbado.

De  chuva  frígida  e  alvace,
os  nimbos  o  céu  tornaram
As  folhas  estremeceram...

Soprou   um  vento  gelado
e,  por  tudo,  um  arrepio
correu...  e  as  folhas  tremeram
em  cada  galho  engelhado,
         DE  FRIO.
 

Os  passarinhos  calaram...
Em  um  momento  solene,
ao  golpe  ríspido  e  bruto
da  morte,  as  aves  calaram.
Pairou  silêncio  perene
       DE  LUTO.
 

Todas  as  flores  morreram...
E  cada  botão  fechado
crestou-se  num  só  momento.
As  flores  emurcheceram
nos  jardins  e  pelo  prado
    NUM  LAMENTO,
 

Os  corações  amorosos 
de  todos  quantos  a  amaram...
Oh!  Que  momento  infeliz!
Seus  pais...  seus  irmãos  chorosos...
Quanto!  Quanto  a  lamentaram
    THAÍS!
 

Celestiais  coros  cantaram
Hosana!  Alelúia!  Lôa!
Ao  lhe  ser  dado  o  troféu...
Anjos  e  virgens  cantaram
ao  lhe  ser  posta a  coroa,
    NO  CÉU!

 Mais poemas de Itabajara
Voltar para o início desta página

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!

.
Itabajara Catta Preta
NOSSA  SENHORA  DA  PRIMAVERA
 

Nossa Senhora de setembro,
só por ti é que as rosas  nascem.
 

Natividade, és  a primavera
que  desabrocha  em  cada  ramo
e  floresce  nas  almas.
 

É  preciso  ser  cristão  e  ser  poeta
para  sentir  a  beleza  completa
da  rosa  Nossa  Senhora
de  Nossa  Senhora  rosa;
 

Sempre,  quando  setembro,
tenho  teu  nome  assim  invocado:
-  Nossa  Senhora  da  Primavera  -
A  rosa  mais  bela  das  rosas  que  amo,
dentre  todas  que  nascem...
 

que  desabrocha  em  cada  setembro,
que  floresce  em  cada  primavera.
Das  flores  a  mais  viçosa
dentre  todas  que  nascem:
rosa  Nossa  Senhora,

Nossa  Senhora  da  Primavera!

 Mais poemas de Itabajara
Voltar para o início desta página

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 

Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!

.
Itabajara Catta Preta
UM   POEMA
 

Se  eu  te  fizesse  um  poema  de  versos  livres  
       como  asas  ao  vento;
moderno,  sensual,  terno  e  eterno,
escrito  em  tinta  indelével  no  caderno  dos  versos  mais  íntimos,
que  guardo  comigo  mesmo  para  ninguém  ver,
serias  tu  mesma  esse  poema.

Porque  tu  és  a  inspiradora de  meus cantares
e  rimo  para  mim  mesmo  teu  nome:  -  ELINA
com  expressões  arroubadas  de  amor:
carinho  e  sonho,  ideal,  saudade,  vida...
 

Se eu te fizxesse um poema de versos  livres
        como  folhas  ao  vento;
diria  que  nossa vida  em  comum  tem  sido 
para  mim  razão de  ser, essência  do  divino,  milagre  
de sentimento,  encanto  e  doçura,
a  felicidade  mais  pura
que  eu  poderia  desejar  em  toda  a existência.
 

Se  eu  te  fizesse  um  poema  de  versos  livres
         como  pétalas  ao  vento;
diria  que  desde  o  primeiro  olhar,  todos  os  teus  gestos,  palavras, abraços  e  beijos,  carinhos  sublimes  de  ternura,
foram  minha  cornucópia  de  felicidade...
 

Se  eu  te  fizesse  um  poema  de  versos  livres
           como  ideais  ao  vento;
contaria  que  aquela  caixinha  de  que  um  dia  te  falei
-  caixinha  cinzenta,  delicada,  frágil,  em  forma  de coração,
que  se  romperia  ao  só  calor  de  teu  primeiro  beijo -
dilatou-se  á   força  de  teu  milagroso  toque
e  tornou-se  maior  que  o  mundo e  que  o  infinito...
 

Se  eu  te  fizesse  um  poema  de  versos  livres 
      como  o  só  mesmo  vento,
seria  ele  um  poema  universal,
minha  querida, se   eu   te   fizesse  um  poema  de  versos  livres...
se  eu   te   fizesse   um  poema...

 Mais poemas de Itabajara
Voltar para o início desta página